A prototipagem é uma técnica amplamente usada em UX design para criar e validar uma ideia, conceito ou funcionalidade de forma rápida e económica. Onde é possível interagir, avaliar, modificar e aprovar as principais características de uma interface antes do desenvolvimento.
Normalmente, os protótipos são desenvolvidos após a fase de pesquisa com os usuários ou análise da concorrência.
O que são protótipos em UX Design?
Do grego proto(primeiro) e typos (forma). O protótipo nada mais é do que o primeiro esboço do projeto, podendo ser de baixa ou alta fidelidade, onde o foco principal é validar as funções e requisitos do que está sendo desenvolvido, afim de alinhar as expectativas do cliente e as necessidades do mercado com o produto final que será lançado.
Serve para validar todas as ideias antes da etapa de desenvolvimento do projeto, para assim evitar erros maiores (e mais caros) no futuro. São muito utilizados para testes e validação com usuários, ou para vender uma ideia, pois ver o produto “funcionando” costuma gerar fascinação. 🙂
Por que os UI/UX designers usam protótipos?
No processo de design, especialmente em projetos de UI (User Interface) e UX (User Experience), a criação de protótipos desempenha um papel essencial. Vamos explorar os principais motivos que tornam essa prática indispensável.
- Se aproximar ao máximo dos aspetos visuais e funcionais do produto final, incluindo o conteúdo, fluxo de navegação e interações;
- Entender o contexto do usuário e o fluxo de tarefas reproduzindo uma imitação do produto verdadeiro;
- Criar cenários para testar e conferir a jornada do usuário, as necessidades e as personas;
- Coletar feedback (equipa e de acionistas do negócio) detalhado do produto na fase de teste de usabilidade.
Dimensões que definem a fidelidade de um protótipo
Segundo Deborah J. Mayhew, autora do livro “The Usability Engineering Lifecycle“, são quatro as dimensões que definem a fidelidade de um protótipo. Essas dimensões são fundamentais para entender o quão próximo o protótipo está do produto final em termos de aparência e comportamento. Vamos explorar cada uma delas:
- Detalhamento: Quantidade de detalhes que o modelo suporta. Ajuda a garantir que o design acomode bem o material real e que a experiência final seja coerente.
- Grau de funcionalidade: Extensão na qual os detalhes de operação são completos. Simulam com precisão a interface e as interações do produto final.
- Similaridade de interação: Quão similar as interações com o modelo serão com o produto final. Essa dimensão é essencial para testar o fluxo de navegação e a usabilidade.
- Refinamento estético: Quão realista o modelo é. Ajuda a testar como os usuários reagem ao design estético do produto.
Essas quatro dimensões são fundamentais para definir o grau de fidelidade de um protótipo. A escolha do nível de fidelidade adequado depende da fase do projeto e dos objetivos do protótipo, variando desde a exploração inicial de conceitos até testes detalhados de usabilidade e estética.
Quais os diferentes tipos de protótipos?
Os protótipos podem ter basicamente 3 níveis de fidelidade: baixa, média e alta. E está relacionado com a proximidade do resultado final.
Protótipos de baixa fidelidade
Os protótipos de baixa fidelidade são frequentemente utilizados no início de um projeto para eliminar as maiores incertezas, testar conceitos e descobrir o valor de um produto. Eles servem como uma base inicial para construir versões mais refinadas do protótipo à medida que o projeto avança.
Estes modelos são amplamente empregados nas fases iniciais e exploratórias de um projeto, com o objetivo de validar um conceito e determinar se uma ideia possui valor funcional.
Esses protótipos devem ser rápidos, simples e de baixo custo. Eles compartilham apenas alguns recursos com o produto final, permitindo uma avaliação inicial sem grandes investimentos. Além disso, são estáticos e geralmente se apresentam como uma sequência de telas, sendo assim uma ferramenta eficaz para testar e validar conceitos antes de se comprometer com um desenvolvimento mais detalhado e complexo.
Protótipos de média fidelidade
Os protótipos de média fidelidade, frequentemente chamados de wireframes, são representações mais detalhadas e estruturadas de um produto em desenvolvimento.
Geralmente são feitos em preto e branco, o que ajuda a limitar o foco aos fluxos de usuários e à arquitetura de informações, sem distrações causadas por elementos de design visual.
Esses protótipos permitem uma melhor compreensão de como o usuário navegará pelo sistema, destacando a estrutura funcional e a hierarquia de conteúdos, sem se preocupar, neste estágio, com o aspecto estético final.
Protótipos de alta fidelidade
Se aproximam do produto e da experiência final. São utilizados para obter dados mais reais e significativos durante testes de usabilidade e oferecem a possibilidade de observar pontos específicos (fluxos, elementos gráficos, animações e microinterações).
O foco deste tipo de protótipo recai em aspetos visuais e funcionais da interface, para além de permitir navegação e interação similares à versão final do produto.
Como escolher ferramentas para prototipagem de interfaces?
A escolha da ferramenta certa para prototipagem de interfaces é uma etapa crucial no processo de design de UI/UX. Existem diversas opções no mercado, cada uma com suas vantagens e desvantagens, por isso é importante considerar alguns critérios antes de decidir qual é a melhor para seu projeto. Abaixo estão alguns fatores-chave para guiar sua escolha.
Principais factores influenciadores que podem impulsionar a escolha da plataforma ideal:
- Facilidade de uso e curva de aprendizado: o tempo disponível para aprender a dominar uma nova ferramenta é um factor decisivo. Ferramentas mais intuitivas permitem que novos usuários comecem rapidamente, sem a necessidade de treinamento intensivo.
- Tipo de interface que você está prototipando: as ferramentas podem variar significativamente em sua capacidade de suportar diferentes níveis de detalhamento, pois uma ferramenta pode ser mais adequada do que outras.
- Nível de fidelidade que se quer atingir: está relacionado com o tipo de protótipo que você pretende criar: baixa ou alta fidelidade.
- É um protótipo colaborativo: Se sua equipa trabalha de forma colaborativa, escolher uma ferramenta que permita edição em tempo real e fácil compartilhamento de arquivos é essencial.
- Habilidades necessárias: E preciso saber programação ou apenas conceitos de visual?
- O orçamento: O orçamento do projeto também influencia a escolha. Quanto que a empresa/você está disposta a investir em ferramentas. Algumas ferramentas oferecem versões gratuitas limitadas ou preços acessíveis para pequenas equipas, enquanto outras exigem assinaturas mais robustas.
À medida que novas ferramentas e metodologias continuam a ser desenvolvidas, é fundamental que os designers permaneçam adaptáveis e abertos a essas inovações. O futuro da prototipagem em UX/UI design promete ser emocionante e repleto de oportunidades, desafiando os profissionais a repensar suas abordagens e se concentrar na criação de experiências de usuário cada vez mais intuitivas e envolventes.
Conclusão
Em conclusão, a prototipagem é uma etapa essencial no processo de UX/UI Design, permitindo testar ideias, validar conceitos e refinar a experiência do usuário antes do desenvolvimento final do produto.
Seja utilizando protótipos de baixa, média ou alta fidelidade, cada abordagem desempenha um papel crucial em diferentes fases do projeto, ajudando a equipe a identificar problemas, explorar soluções e garantir que o produto final atenda às necessidades dos usuários de forma eficaz.
Ao investir em prototipagem, não só se economiza tempo e recursos no longo prazo, mas também se aumenta significativamente a probabilidade de sucesso do produto no mercado.
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